• Como os adultos podem influenciar negativamente no comportamento infantil

    O ritmo frenético do dia a dia e a incessante cobrança por resultados elevam nosso potencial competitivo e, infelizmente, chegaram no universo infantil de modo avassalador.

    Ultimamente, pais educam os filhos como se estivessem em uma verdadeira corrida de 100 metros, preparando as crianças para um verdadeiro combate de vida. Parece que com isso, transformam desejos em direitos, invertendo os valores.

    Muitas crianças são idolatradas, fazem tudo que querem e recebem tratamentos como se fossem reis. Inclusive, não é incomum os pais vestirem seus filhos de reizinhos ao nascerem ou para comemorar seu primeiro ano de vida.

    A felicidade imediata é a bola da vez. No entanto, especialistas já se deparam em seus consultórios com as consequências desse novo tempo de hedonismo exacerbado: crianças ansiosas, depressivas, impulsivas e distantes do respeito ao próximo.

    Diante dessa realidade, elaboramos este post para alertar aos pais sobre como a falta de limites pode contribuir para formar uma geração enfraquecida.

     

    Respeito em primeiro lugar

    No livro “Urgências e Turbulências”, o professor e filósofo Mario Sérgio Cortella questiona os pais justamente sobre a falta do convívio familiar e a dificuldade de impor autoridade sobre os filhos.

    Atualmente, a falta de tempo se reflete nos enfrentamentos, ou seja, a educação acaba não recebendo os limites necessários para estabelecer a autoridade em circunstâncias de excessos por parte dos filhos.

    limites

    Muitas crianças estão se sentindo soberanas, donas das escolhas e vontades, sendo continuamente agradadas por pais que deveriam construir bases sólidas de valores.

    Dessa maneira, a necessidade de sempre vencer, ser a mais bonita ou a mais forte A mais competitividade do que brincadeira. O brincar perdeu seu posto para a competitividade enfraquecendo a solidariedade e a espontaneidade da criança.

     

    Fique atento com o excesso de atividades

    Essa corrida maluca por resultados e necessidade de ser feliz, muitas vezes gera um efeito inverso. Cada vez mais os pais ocupam os filhos matriculando-os em diversos cursos – inglês, música, balé, natação – o tempo livre tornou-se um inimigo do sucesso.

    Dessa forma, o momento e o direito da criança de brincar acabam não sendo respeitados. Ou seja, muitos pais sobrecarregam a criança com múltiplas atividades sem se dar conta da verdadeira necessidade do filho.

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    Portanto, analise a agenda de seus filhos. Qual a real necessidade de cada atividade além da escola? O objetivo das atividades são melhorar desempenho ou auxiliar em seu desenvolvimento? A criança necessita da brincadeira para um desenvolvimento saudável. Invista nos momentos de convivência e brincadeiras com seu filho.

    Afinal, quem é criança tem que pular, se lambuzar, colocar o pé na areia, andar de bicicleta, dançar, desenhar, curtir o mundo da fantasia, dormir bem, ter sonhos, enfim, viver como uma criança e não com responsabilidades de adultos.

     

    Cuidado para não formar filhos inseguros

    O excesso de proteção e o tratamento dos filhos como se fossem reis podem causar insegurança no futuro. Pois a adaptação à realidade fica frequentemente prejudicada, dificultando os futuros jovens a assumir responsabilidades individuais.

    Saiba que os exemplos práticos dentro de casa têm mais valor do que as palavras, ou seja, é preciso ser coerente.

    Para um desenvolvimento saudável das crianças, é preciso que os pais olhem para dentro de si mesmos, aprimorando a relação afetiva com o parceiro, respeitando as diferenças e individualidades de cada um na familia.

    O famoso “tapar o sol com a peneira”, fingindo que está tudo bem, pode ser uma verdadeira bomba relógio, com dia e hora para explodir.

    A dica é que pais e filhos tenham os mesmos direitos no que diz respeito à dignidade humana, com limites estabelecidos por meio da autoridade.

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