Muito além dos esquecimentos, o Alzheimer traz inúmeros sintomas que ainda não são totalmente conhecidos por grande parte da população. Responsável pela perda das funções cognitivas, principalmente nos idosos, a doença é incurável, mas pode ser tratada.
Apresentado como demência, o Alzheimer atinge mais de 35 milhões de pessoas no mundo e foi descoberto, em 1906, pelo médico Alois Alzheimer. Apesar das causas ainda serem desconhecidas, já foram descobertas lesões cerebrais nos pacientes, que acabaram tendo uma redução no número de neurônios ou das ligações entre eles, as chamadas sinapses.
Entretanto, como havíamos dito acima, vamos explicar outros sintomas da demência que podem ser identificados antes da doença entrar em uma fase crônica, tendo em vista que é progressiva.
Afinal, apesar de não ter cura, o Alzheimer pode ser tratado, melhorando consideravelmente o quadro dos pacientes nas fases iniciais. Então, venha com a gente e saiba mais!
- Dificuldade para perceber uma situação de risco
Pessoas que estão na fase inicial frequentemente se colocam em risco sem notar que estão em perigo. Podem confiar em estranhos durante um saque em um caixa eletrônico ou dar carona para um desconhecido em um bairro popularmente conhecido como sendo perigoso.
Enfim, acabam se colocando em situações que podem ser entendidas por leigos como reflexo da “velhice”, mas é importante observar a frequência dos fatos. Além disso, a orientação no tempo e no espaço fica ainda prejudicada e, muitas vezes, o idoso pode perder a noção do dia da semana ou do mês que se encontra.
A desmotivação também é um traço característico na fase inicial do Alzheimer, assim como ansiedade, depressão e mudanças bruscas no humor.
O abandono de hobbys e outras atividades que antes tinham um peso na vida do idoso podem esconder um traço da doença.
- Perdas na memória
Já na fase intermediária da demência, os esquecimentos começam a ganhar um espaço maior na vida do idoso. Sendo um dos principais sintomas do Alzheimer, se acentua e traz outras situações conjuntas. Até mesmo nomes de pessoas próximas podem ser esquecidos.
A fala começa a ficar prejudicada e atividades rotineiras, como ir ao supermercado, fazer higiene pessoal ou cozinhar deixam de ser facilmente praticadas. Aliás, o paciente não consegue mais agir totalmente sem o auxílio de uma outra pessoa.
Distúrbios do sono, como insônia, pesadelos ou excesso de tempo na cama entram em cena. E até mesmo alucinações podem acontecer, como ver ou ouvir vozes inexistentes.
O comportamento se modifica tanto que até mesmo os lugares da casa se tornam desconhecidos e a repetição de perguntas será, inevitavelmente, uma marca neste estágio intermediário.
- Incapacidade de comunicação
Como se trata de uma doença progressiva, o estágio avançado do Alzheimer tem pontos bem tristes, como a perda de várias funções cognitivas, entre elas, a fala.
A dificuldade para comer é mais um ponto que vai fazendo com que o idoso necessite cada vez mais de atenção por parte de cuidadores. Aí, o desconhecimento é total. Nem parentes, amigos, colegas, objetos familiares, enfim, a memória literalmente se apaga.
Caso saia para uma caminhada na própria rua de casa, o paciente pode ter dificuldades para localizar o caminho de volta. Chega a manifestar comportamento impróprio em público, tem incontinência fecal e urinária e, aos poucos, pode necessitar de uma cadeira de rodas para se locomover. Entretanto, muitos sintomas podem vir em fases diferentes da doença ou em graus menos acentuados.
Como o peso da rotina vai aumentando, é preciso construir uma rede de apoio, como veremos na sequência.
Cuidados com o doente de Alzheimer
Como lidar com a situação acaba afetando todos os integrantes de uma família, é preciso de uma rede de apoio para cuidar corretamente do paciente. Por isso, algumas dicas devem ser consideradas, caso você esteja passando por este momento em sua vida.
A aceitação talvez seja o sentimento de maior dificuldade para lidar por parte dos familiares. Entretanto, se ela não for trabalhada, dificilmente a vida fluirá de uma maneira menos tensa. Flexibilidade, informação e grupos de apoio auxiliam muito.
Afinal, influenciar na tomada de decisão de um adulto que sabia fazer todas as atividades e, de repente, perdeu as funções cognitivas, chega a causar muita dúvida e até mesmo dificuldades, pois envolve sentimentos de culpa e compaixão.
A dica é procurar se consultar com pessoas que passam ou passaram pela mesma situação, profissionais, utilizando estratégias funcionais, sempre buscando um cuidado da melhor qualidade possível. Paciência e perseverança são importantíssimas. E nunca desista de encontrar as melhores soluções dentro das suas possibilidades!
E aí, gostou do nosso artigo? Que tal curtir a nossa página no Facebook e ficar por dentro de muitas outras informações? Participe com a gente!
Confira também outros artigos:
Sete dicas para envelhecer com saúde e qualidade de vida
Como andam suas relações humanas?
Comentar →