• Suicídio entre idosos é preocupante

    Uma epidemia silenciosa e alarmante: mais de 20 pessoas se suicidam no Brasil por dia, de acordo com o Mapa da Violência de 2014. Desse universo, 40% são idosos, representando a faixa etária com os maiores índices do problema. Somente em Guaratinguetá, 28 moradores, da população geral – se mataram entre 2008 e 2012, com uma média de 5,6 suicídios por ano na cidade que contava com 110 mil habitantes até 2012.

    Segundo o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), de 2000 a 2008, mais de 73 mil pessoas retiraram a própria vida no Brasil, 80% dessa população eram homens acima dos 65 anos. Apesar das causas serem variadas, a maioria dos suicídios é explicada pela depressão.

    Trata-se de uma situação que é pouco discutida na sociedade em razão dos tabus em torno do tema, mas que se prolifera a cada ano. Para se ter uma ideia, nos 172 paises que fazem parte da OMS (Organização Mundial da Saúde), houve 800 mil mortes por suicídio em 2012, sendo a maior parte em países ricos.

    Como são justamente os mais velhos que estão chegando em uma intensidade maior as vias de fato, é preciso mobilizar a população a prevenir e observar os possíveis fatores de risco. É o que mostraremos neste post!

    Como prevenir o suicídio na família 

    A primeira orientação é adotar medidas para perceber quando os idosos se sintam pressionados, infelizes, solitários e depressivos a ponto de decidirem retirar a própria vida.

    Nesse aspecto, a presença humana é fundamental. Ou seja, é preciso participar das atividades do dia a dia, manter os relacionamentos e não deixá-los muito tempo sozinhos.

    Incentivar a participação dos idosos em grupos de apoio assim como em atividades de lazer também ajuda muito.

    É importante ficar atento a comportamentos diferentes do habitual – são indicações de alerta. Alguém que nunca se queixou de problemas e de repente é pego reclamando muito da vida, com frases do tipo “não aguento mais”, “queria fugir” ou “já fiz tudo que podia”.

    O desinteresse por situações antes valorizadas. Se gostava de encontrar amigos, reunir a família, participar de jogos e passa a ficar mais introspectivo e evita o contato – novo alerta

    Caso perceba alterações no humor, como oscilações, choro excessivo diante de situações simples, aumento da irritabilidade ou baixa tolerância, vale a pena pedir ajuda e consultar um profissional da saúde.

    Em resumo, para ficar atento ao idoso: Desconfie de toda mudança de comportamento repentino. Pode ser, inclusive, uma alegria exagerada. Ou ainda uma explosão de raiva de alguém que sempre teve um temperamento calmo.

    Ouvir é a palavra-chave  

    Muitas vezes, o simples fato de ouvir os idosos já ajuda a prevenir a depressão e diminui o risco de suicídio. Afinal, entre os casos de suicídio, sabemos que a depressão era fator preponderante.

    Além disso, sabemos que para cada suicídio acontecem uma média de 15 tentativas frustradas, é preciso procurar auxílio de profissionais na área da saúde mental sempre que detectar um dos sinais de alerta entre seus familiares e amigos.

    O aconselhamento por meio de terapias é primordial para não só evitar o problema maior, como também para clarear a mente dos pacientes de que a qualidade de vida pode ser encontrada em qualquer idade.

     

    Sabemos que o tema não é fácil. É pesado, triste, dolorido e as vezes não queremos nem olhar para ele. Mas uma das saídas é a informação e outra a busca de uma rede de apoio. Portanto sugerimos que após saber um pouco mais sobre suicídio, que tal ler outros artigos como: Solidão na terceira idade: fuja deste mal e Depressão: veja os sinais deste mal que cresce a cada ano

    Além disso, a Clínica Selles dia 8 de abril estará promovendo uma “roda de conversa” sobre depressão, a partir das 9h, totalmente gratuito! Contamos com a sua presença! mail_depressão_clínica selles-01

     

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