Usar drogas é uma prática comum entre os habitantes deste mundo. As pessoas usam de forma recreativa, como momento de encontro, quando estão de férias, enfim, começam a usar de forma casual.
Mas o que são “drogas”? Podemos dividir “drogas” entre aquelas que são lícitas (permitidas) e as ilícitas (proibidas pelas leis). As lícitas mais comuns são álcool e tabaco. As ilícitas mais conhecidas: maconha e cocaína.
Além desta divisão do tipo de droga, devemos pensar em que momento elas entram em nossas vidas. É diferente um adulto tomar uma cerveja nos finais de semana, e a cerveja tomada por um adolescente de doze ou quinze anos.
Mais difícil ainda é pensar sobre quando o uso de uma droga, de forma casual, passa a ser problemática. Por exemplo: beber e bater o carro, isso é um problema. E quando passa de problemática para uma dependência química, uma doença psiquiátrica. Vamos pensar em um exemplo que pode nos ajudar: imagine um degradê de cores entre o vermelho e o rosa. Em alguns momentos não distinguimos de qual cor estamos falando. Assim é o uso das drogas, começamos devagarinho usando de forma recreativa, “um rosa pálido”; depois passamos a ter problemas, “um pink”; e por fim ter dependência química, “um vermelho gritante”.
Esses limites são difíceis de determinar: onde termina um e onde começa outro. Alguém que hoje saboreia e se satisfaz com uma cerveja em dez anos estará sentindo o mesmo prazer com uma cerveja ou passará a beber abusivamente? Não sabemos.
O que sabemos hoje é que quanto mais cedo usamos uma droga, seja ela lícita ou ilícita os riscos são maiores de chegarmos a uma dependência.
Vamos unir estes problemas com um cérebro ainda jovem, que vai amadurecendo como uma pequena árvore, crescendo, surgindo novos galhos, buscando a luz e a melhor posição para viver neste mundo. Quando usamos alguma droga nesta fase de crescimento, maiores são os riscos de gerar podas irreparáveis, estragos, degradações, e por fim, impedir o desabrochar de uma bela árvore florida ou cheia de frutos.
Para saber mais sobre os perigos do consumo de drogas entre os adolescentes, elaboramos este post com boas orientações. Confira!
Veja os riscos do consumo de álcool e drogas ilícitas na adolescência
O uso de drogas na adolescência tem sido muito discutido porque cada vez mais sabemos que isso de alguma forma irá prejudicar o pleno desenvolvimento do cérebro nessa etapa de vida. A maconha, por exemplo, aumenta de forma importante o risco de desenvolver uma doença psiquiátrica grave, chamada Esquizofrenia.
Mas por que um adolescente usa droga? Conta muito a impulsividade do período, a busca de aventuras, descoberta de novas experiências, ou até mesmo a pressão social do grupo de amigos que podem ser preponderantes para um adolescente fumar um baseado, beber, ou cheirar uma carreira de cocaína. Voltamos à pergunta: quais destes adolescentes poderão desenvolver esquizofrenia? Quais se tornarão dependentes do álcool em dez anos? Sabemos que algumas famílias possuem predisposições, então olhe sempre para a história familiar. Se lá encontrar problemas de drogas, ligue o sinal de alerta. Atenção! Todo cuidado é pouco.
A adolescência, esse período estabelecido por grandes mudanças, traz consigo um desenvolvimento do cérebro que está ávido, sedento, procurando muita emoção! O adolescente adora viver em perigos, se divertir, precisam de experiências intensas.
São mudanças naturais, como uma forma de sair do meio familiar, do “nós familiar” para ser o “eu individuo”, da busca da sexualidade, da preocupação com profissões, e até a busca por um mundo melhor. Nestas tempestades do desenvolvimento, o risco de encontrar prazer na droga é muito grande. A droga pode proporcionar o prazer e a euforia de forma muito rápida, portanto, fácil de “grudar”, de fazer parte do lazer de um adolescente.
Como lidar com um adolescente que abusa do álcool ou outras drogas
Quando um adolescente usa drogas com frequência ou abusa constantemente do álcool, os traços do comportamento são bem perceptíveis. Certamente, após o abuso ele vai vomitar, sentir náuseas, dor de cabeça, ressaca ou estará com o nariz escorrendo, dedos das mãos amarelados ou olhos vermelhos e pupilas dilatadas. Mas, as vezes o uso é crônico, mais sutil. Um possível sinal de alerta é a queda do rendimento escolar.
Por isso, é importante um contato próximo e um diálogo constante com o adolescente. Falar sobre o uso e abuso de drogas não é o problema. O silêncio é o pior problema. É preciso entender a situação e fazer uma análise juntamente com o adolescente, sem pressões ou ameaças. Busque informações e orientações sobre o uso de substâncias, não faça julgamentos antes de uma conversa franca. É importante nunca subestimar o problema, e ainda mais importante, não negligenciá-lo.
Os pais precisam ter uma vida saudável. Isso funciona como estímulo para o adolescente. Incentivar a atividade física é um remédio contra as drogas. Caso existam problemas familiares, ressentimentos, brigas, sempre é bom buscar a ajuda de um profissional da saúde.
Ajudar o adolescente a compreender que a vida pode em alguns momentos ser um tédio, chata ou lenta, mas aos poucos podemos sorver e desfrutar a felicidade. Não é preciso o uso de uma substância química para a diversão. A diversão nasce na família, com o diálogo, as férias, os casamentos chatos ou divertidos, os nascimentos, ou no novo vestido de bolinhas amarelinhas da titia. Temos que descobrir a vida. Trabalhão. Precisamos também cuidar da saúde emocional, resolver e solucionar problemas. Tudo fica mais leve quando a alma está em paz.
Dica de filme sobre o assunto: o recém lançado QUERIDO MENINO (Beautiful Boy, EUA-2018) inspirado na história real e memórias de David Sheff um conceituado jornalista e escritor. O filho mais velho, Nic Sheff, é viciado em metanfetamina, o que abala completamente a rotina da família. David tenta entender o que acontece com o filho, repensando sua criação ao mesmo tempo que estuda a droga e sua dependência.
E você, está jogando muita sujeira embaixo do tapete? Quer resolver os problemas comportamentais de adolescentes da sua família? Então entre em contato com a nossa equipe e veja como podemos ajudar!
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