Dia 17/9 – Quarta-feira tem exposição de quadros, flores e muita dança com Sandro Di Souza e Rosangela Canuto
Dia 18/9 – Quinta-feira, traga um conto, uma poesia, uma música ou seu instrumento… Pode ser algo de autoria própria ou de seu autor preferido.
CONVIDADOS CONFIRMADOS:
Maria Beatriz R.Gomes, Profª de Historia da Arte na Unesp Colégio técnico e Colégio Fênix
Maria De Pieri Guarezi, professora de português no Colégio Fênix
José Adalberto Silva com o violão
Luciana e Paulo Maggioti com sanfona e flauta
Willian com violão
Sandro Di Souza e sua habilidade com a dança
Rosangela Canuto, coreógrafa e amante do flamenco
Tamiris Freire, artista plástica
Helena B Arenales – piano e paixão por livros
Pedro B Arenales – Matheus Bueno e guitarras
Kimberly G. Vital Brasil – profª no Colégio Fênix
Bruno Machado de Oliveira, escritor
Patricia A Zago Pessoa, poeta
José Luiz Villaça Avoglio, guitarra
Solange Martines Castilho Burza, apaixonada por livros
Todos amantes de todo tipo de arte dispostos a compartilhar …
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Parabéns Selles!
Reply →Segue um poema para os amantes de literatura.
O apanhador de desperdícios
(Manuel de Barros)
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
Parabéns Selles!
Reply →Segue um poema para os amantes de literatura.
O apanhador de desperdícios
(Manuel de Barros)
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.