• Ferramentas para o combate do suicídio entre  jovens

    SUICÍDIO é a segunda principal causa de mortes no mundo entre os jovens de 15 a 29 anos, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), portanto se trata de um assunto que não pode ser encarado como tabu, pois sua presença é marcante, com escalas alarmantes entre a população mais jovem.

    O Mapa da Violência de 2014 mostra que houve um aumento de 15,3% dos casos de suicídios no Brasil entre jovens e adolescentes de 2002 a 2012. Por aqui, este tipo de morte só perde para os acidentes automobilísticos e homicídios, sendo uma verdadeira epidemia social.

    Entre as causas conhecidas estão os transtornos psicológicos, como a depressão, o abuso do álcool e outras drogas, exposição à violência, abuso sexual, conflitos familiares, história de suicídio na família e outras experiências estressoras como por exemplo, perda ou luto de entes queridos. No entanto, os especialistas são unânimes ao afirmar que em sua maioria havia um histórico de depressão, além de 10 a 20 tentativas antes de colocar fim a própria vida.

    Tendo em vista a gravidade da situação – mais de 20 pessoas se suicidam por dia no Brasil – a Clínica Selles está promovendo uma série de discussões sobre a depressão, pegando o gancho da OMS na campanha let’s talk? – vamos conversar?

    Depressão: Vamos conversar?

    Depressão X suicídio: uma realidade cada vez mais comum

    Jovens que se suicidam trazem na bagagem um histórico depressivo. Por isso, a família precisa ficar atenta a alguns sinais que vão muito além da fase de “rebeldia”.

    É preciso buscar o diálogo sem pressões ou cobranças que possam causar revoltas ou reforçar um distanciamento, trata-se de uma fase de grandes mudanças fisiológicas e emocionais.

    Alerta redobrado caso já tenha em seu histórico alguma tentativa de suicídio, fator que aumenta sua vulnerabilidade. Esse é um sinal de que o jovem necessita de ajuda profissional e o papel da família é de grande importância.

    Em relação ao gênero, as tentativas de suicídio são mais frequentes em meninas, porém, o suicídio consumado é maior em meninos, pois eles utilizam-se de meios mais agressivos em suas tentativas.

    Vazio existencial

    Além disso, muitos jovens estão alheios ao sentimento de pertencimento, com um vazio relacionado aos vínculos afetivos. Com isso, a solidão tem se tornado uma companheira no sentido de desamparo e pensamentos autodestrutivos.

    Como o suicídio é uma morte que pode ser evitada, é preciso colocar o tema em destaque na sociedade, abrindo o diálogo de uma maneira transparente e real. Quanto mais conscientização houver, maior a probabilidade de redução do número de casos.

    Afinal, os países que desenvolveram políticas de combate ao problema, de 1990 para cá, conseguiram reduzir o número de casos, principalmente por meio da disseminação da informação, ou seja, o debate é uma boa alternativa de combate tanto contra o suicídio quanto a depressão.

    Como diz a psiquiatra Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudos e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria, “é possível buscar tratamento antes de chegar a uma consequência tão desastrosa”. Portanto, nunca é tarde para recomeçar!

    E você, ficou com alguma dúvida após ler este artigo? Deixe aqui o seu comentário e participe também deste debate!

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