• Qual o impacto da empatia em nossas vidas?

    Falamos no artigo anterior sobre a arte de se colocar no lugar do outro e os conceitos da palavra “empatia”, com exemplos de Roman Krznaric de hábitos empáticos para inserirmos em nossas vidas. Mas quais os impactos que essas práticas podem ter?

    Neste segundo semestre de 2019 o Cine Selles irá abordar o tema “Empatia” nos filmes expostos sempre na última quinta-feira do mês, na Clínica Selles, a partir das 18h. Após a exibição, os participantes se reúnem em uma roda de conversa para debater sobre o assunto.

    A empatia e as crianças

    As crianças ampliam seu círculo social durante seu crescimento. E é ao longo desta jornada que experimentam interações que favorecem a aquisição da empatia e de outras habilidades socioemocionais importantes para a aprendizagem e desenvolvimento infantil.

    Desde o início da vida, as crianças demonstram a capacidade de perceber o outro, no entanto, o desenvolvimento da empatia na infância é algo que deve ser trabalhado e incentivado pela família e pela escola, desde muito cedo.

    Quando a experimentam no convívio familiar, aprendendo com os pais a exercê-la no dia a dia, os filhos constroem mecanismos para lidar melhor com os desafios da escola e é possível perceber reflexos positivos sobre o desempenho escolar e sobre o comportamento da criança como um todo.

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    Uma via de mão dupla

    Pessoas empáticas cultivam relações mais saudáveis, impactando positivamente sobre o seu bem-estar. No ambiente familiar, a convivência se torna mais leve, graças à tolerância para lidar com diferentes personalidades, pois a empatia proporciona mais paciência e apoio nas relações familiares.

    O mesmo vale para as amizades e relacionamentos afetivos, em que o cultivo desta habilidade fortalece a confiança entre as pessoas favorecendo a construção de laços de respeito e honestidade.

    Quanto mais é praticada, mais seus efeitos positivos multiplicam-se sobre as diferentes áreas da vida.

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    Empatia e depressão

    De acordo com a Associação Americana de Ansiedade e Depressão, abraçar a empatia é hoje uma das formas de reverter quadros de ansiedade e depressão generalizados.

    Alguns pesquisadores destacam a existência de dois tipos de empatia. A empatia afetiva que se refere às sensações e sentimentos que recebemos em resposta às emoções dos outros. Por exemplo, quando um amigo passa por uma situação muito difícil ou assustadora, podemos também nos sentir estressados ou ansiosos ao mesmo tempo, junto com ele – é como se nós literalmente “tomássemos as dores” do outro. E a empatia cognitiva que representa a capacidade de identificar e compreender as emoções do outro, sem necessariamente senti-las ao mesmo tempo.

    Dessa forma, ainda que a depressão seja uma doença com possíveis causas genéticas e fisiológicas há uma série de ações concretas que podem auxiliar quem está deprimido. De acordo com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, a empatia é uma aliada importante na prevenção do suicídio e pode salvar vidas.

    Ser tolerante, bondoso, gentil e prestativo são práticas relacionadas ao conceito de empatia. Quem considera a depressão e suicídio como fraqueza, por exemplo, não está apto a dar apoio. Mas quem se coloca no lugar do próximo, sim. Vamos à prática?

    Cine Selles – Segundo semestre de 2019

    Fiquem atentos a nossa programação! Em breve postaremos os filmes escolhidos para nossa discussão. A participação é livre e gratuita para todos os públicos acima de 16 anos.

     

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